Sob a influência da emoção, podemos ter dificuldade em gerenciar nossas reações, e nosso estado emocional também pode deixar os outros desconfortáveis. Aprender a reconhecer suas reações a gatilhos emocionais pode ajudá-lo a lidar conscientemente com várias situações.
Gatilhos emocionais são situações, pessoas ou experiências que causam uma reação emocional intensa ou uma resposta exagerada. Quase tudo pode ser um gatilho, dependendo da nossa experiência de vida, ponto de vista, humor ou vulnerabilidade.
Tornar-se mais consciente de reações extremas e não negá-las ou se tornar defensivo é o primeiro passo para lidar com elas eficazmente. Tomar consciência desses gatilhos que causam reações intensas de sua parte reduzirá seu risco de sabotar seus relacionamentos.
O que são gatilhos emocionais?
Gatilhos geram uma reação automática a estímulos específicos. Um gatilho pode ser uma pessoa, um lugar ou uma coisa, um cheiro, uma palavra ou uma cor. Um gatilho emocional gera uma resposta automática à forma como os outros expressam emoções como raiva ou tristeza.
Por exemplo, você pode não ter dificuldade em interagir com uma pessoa irritada, mas tem dificuldade em lidar com uma pessoa chorando. Para outras pessoas, será o oposto.
Os gatilhos emocionais sempre provocam uma reação emocional nossa. Por exemplo, se sentirmos quase sempre desconforto intenso na presença de uma pessoa chorando, chorar é um gatilho emocional. Se nem sempre reagirmos emocionalmente à raiva, a menos que estejamos em perigo, a raiva não é um gatilho.
Gatilhos estão associados aos nossos pensamentos, experiências e memórias. Associamos a situação atual a uma interação anterior envolvendo um gatilho emocional semelhante.
Se você tinha medo de palhaços quando era criança, ver um palhaço agora pode despertar medo. Isso não tem nada a ver com a pessoa que usa a fantasia de palhaço. Em vez disso, o palhaço traz de volta pensamentos e memórias associados a uma experiência passada.
É provável que culpemos uma situação ou pessoa quando não entendemos o motivo da nossa reação. Por exemplo, podemos dizer que o palhaço é assustador, mas a pessoa que usa a fantasia não é assustadora.
A emoção é sempre precedida por um pensamento.
Nossas memórias e experiências passadas influenciam nossos pensamentos.
Quando temos reações emocionais como certos comportamentos, como choro ou raiva, esses comportamentos podem desencadear nossos pensamentos.
Quando identificamos os pensamentos que causam nossas reações emocionais, podemos modificá-los e escolher uma resposta mais apropriada.
No momento que entendemos que nem todas as pessoas ficam assustadas com palhaços, podemos dar um passo atrás e questionar a origem da nossa reação. Inteligência emocional refere-se, em particular, à capacidade de separar nossas reações emocionais automáticas de nossas ações.
Identifique seus gatilhos
Ao ler a lista de possíveis gatilhos emocionais, identifique aqueles que provavelmente causarão uma reação em você. Embora as circunstâncias e seu estado emocional possam intensificar sua reação, apenas ler sobre um gatilho geralmente desperta emoção.
Possíveis gatilhos emocionais
Identifique entre os seguintes comportamentos aqueles que geralmente provocam uma reação em você:
- Comportamento passivo-agressivo;
- Reclamações;
- Choro;
- Reprovações;
- Crítica ou julgamento;
- Frustração ou irritação;
- Preocupação ou nervosismo;
- Raiva;
- Mentalidade da vítima;
- Atitude agressiva ou hostil;
- Silêncio defensivo;
- Não ser visto ou ouvido;
- Manipulação;
- Hipocrisia ou mentira;
- Tristeza ou melancolia;
- Insatisfação ou desespero;
- Sarcasmo;
- Temperamento muito intenso;
- Arrogância;
- Vaidade
Se você costuma ter uma reação emocional intensa a um comportamento específico, esse comportamento pode ser um gatilho para você.
Examine como seus pensamentos provocam uma reação
Escolha um dos seus gatilhos emocionais. Sim, a maioria de nós tem mais de um!
Pense na sua reação habitual a esse gatilho, raiva, piedade, tristeza, vergonha, culpa, defensiva, hostilidade, frustração, medo ou outra coisa.
Agora pense nos pensamentos e memórias associados a esse gatilho. Sua reação ao gatilho provavelmente vem de uma memória ou de um pensamento antigo. Por exemplo, “Reajo com raiva ao comportamento passivo-agressivo”.
Sua reação a um gatilho emocional pode ser:
- Raiva — quando você sente que alguém está tentando manipulá-lo ou enganar, ou que é desrespeitado;
- Piedade ou tristeza — quando você sente que a outra pessoa está fraca ou deprimida;
- Vergonha ou culpa — quando você se sente responsável pela emoção do outro;
- Atitude defensiva ou hostil — quando você sente que está sendo censurado;
- Frustração ou invasão — quando você se sente obrigado a gerenciar as emoções do outro;
- Medo — quando você antecipa que a situação se deteriorará;
- Qualquer emoção intensa.
Escolha sua reação com maior objetividade
Após identificar seus gatilhos emocionais mais comuns e explorar os pensamentos ou memórias associados a esses gatilhos, você está pronto para escolher sua reação. Em vez de ceder ao gatilho, reconheça que você tem poder sobre seus pensamentos e memórias. Você pode então abordar a situação atual objetivamente e escolher uma reação mais saudável ou apropriada.
Isso não significa que você não terá mais gatilhos, mas conseguirá impedir que um gatilho dite seu comportamento e palavras.
Da próxima vez que você tiver uma reação emocional:
- Pergunte a si mesmo se houve um gatilho;
- Identifique os pensamentos e memórias que influenciaram sua reação;
- Encontre uma maneira de reagir mais apropriadamente à situação atual.
Recursos adicionais
Monitore sua influência nos outros. Goste ou não, seu humor toca aqueles ao seu redor. Fortaleça seus relacionamentos estando ciente de sua influência sobre os outros.
Acompanhe suas emoções. Um primeiro passo importante para melhorar a autoconsciência e a inteligência emocional é reconhecer por que e quando nossas emoções flutuam.
O que motiva o comportamento? Quando reconhecemos que todo comportamento humano visa satisfazer uma necessidade real ou percebida, podemos optar por olhar além do comportamento para nos concentrarmos na necessidade que a pessoa procura satisfazer. O comportamento é, portanto, a ponta do “iceberg”, enquanto a parte submersa mais imponente representa a necessidade que motiva o comportamento.
Raramente, ou nunca, é útil se preocupar. Aprenda a gerenciar a ansiedade distinguindo ficção da realidade.
